Fossa, TPM e zumbido... Deu não!

Não lembro bem quantos anos tinha, mas acredito que tenha sido depois dos 18. O que lembro bem,  na verdade, foi da experiência que tive durante um final de semana diferente.

Era uma época em que estava sofrendo de amor... estava passando por uma desilusão platônica, das piores que se possa imaginar. A tristeza era visível, não tinha como disfarçar.

Os amigos me encorajavam... e sempre era um alívio ouvir suas palavras.

Certa feita, uma amiga minha (qua amo muito) me convidou pra um final de semana na praia, com uma galera da igreja dela.

Eu nem pensei duas vezes. Na época não tinha Facebook, mas se tivesse teria escrito #partiu #praia #diversão... quem sabe até um gatinho por lá! Que tal um novo amor pra curar o coração partido!

Fiz minha mala (mochila com itens básicos) e fui ao encontro da minha amiga pra seguirmos viagem até a casa de veraneio numa das mais belas praias do litoral cearense.

Então começa a decepção.

1. Não era casa de praia. Era apartamento de praia.

2. O apartamento acomodava confortavelmente umas 10 pessoas. Éramos umas 30.

3. Não era a "galera da igreja". Eram todas as meninas da voz fina do mundo todim concentradas no meu metro quadrado.

Já era noite e como nunca fui fresca logo arrumei um cantinho pra minha rede na varanda, pedindo a Deus que nesse lugar tão pouco aconchegante eu tivesse paz.

Foi uma experiência intrigante. Percebi que conversa de mulher (muitas conversando ao mesmo tempo) tem um som que lembra uma convenção mundial de muriçocas. Era um zumbido no meu pé do ouvido irritante. A noite inteira.

Entre um cochilo e outro era um "mimimi"... afff!

Quando o sol levantou no outro dia eu já estava no ponto do ônibus a caminho pra Fortaleza... Ninguém me viu sair!

Depois liguei pra minha amiga avisando do meu retorno. Agradeci o convite e completei falando que não tinha nervos pra tanta tpm.

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