A saga do cream cheese...

Diário de uma cearense que foi confundida com a gringa...
Sem dúvida foi no mínimo hilário. Pena que ninguém mais viu... pena que eu tive a decência de fingir que não percebi o que aconteceu (to ficando mocinha).
Mas o fato é que estou rindo sozinha até agora. E vou compartilhar com vocês.

Só pra variar, estou em Niterói. Esta é a minha quarta estadia aqui este ano. 
Normalmente eu fico hospedada no hotel H, mas não tinha vaga e me encaminharam pro Mercure.

Uma das grandes diferenças entre estes dois hotéis é que aqui no Mercure há muito mais turistas estrangeiros. E os idiomas são diversos... em dois dias ouvi espanhol,  francês e inglês.

Bom, prossigamos. Eu tenho o hábito de tomar café da manhã, mesmo em casa, exatamente a mesma coisa. Pão, cream cheese, blanquet e café com leite. E na maioria dos hotéis estes itens compõe qualquer mesa de breakfast que se preze.

Ontem eu tinha comido exatamente isso, neste mesmo hotel. Hoje, quando fui me servir, tinha acabado o estoque de cream cheese no buffet. Olhei ao meu redor e vi um garçom. Pensei "oba, vou pedir meu cream cheese!" Me dirijo a ele e falo: "oi, não tem cream cheese..."

Não sei o que ele entendeu, mas ele me surpreendeu com uma resposta nervosa: "non temos esto."
Eu apontei pra mesa e falei: "acabou o cream cheese." E ele me responde: "só temos estés"
E ele insistia em me responder gesticulando. Sua expressão era de tensão. Eu não tinha percebido até o momento, mas quando caiu a ficha eu vi que a pobre criatura estava achando que eu era gringa.

Ri por dentro. Tive misericórdia e falei uma frase mais longa em português: "olha, ontem tinha aqui no buffet uns potinhos de cream cheese. Acabou?" Ele, ainda desesperado, continuou me respondendo como um índio que não entende português. Foi quando gesticulei um formato parecido com o do potinho. Então ele entendeu. E disse: "ahhhh... o redondo! Ok. Eu trazer pra você."

E, finalmente, consegui o meu cream cheese!

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