(Atenção: este texto contém dialeto cearense arcaico e outros termos da modinha. Não entendendo consulte o Google) Meu pai. Figurinha carimbada. Um cabra fresco que só a peste. Tão fresco que parece que dormiu na varanda a vida toda. Mas não é fresco de frescura, frecurite, mimimi... É do tipo de fresco que não vale nada. Nem se preocupa com nada que o faça perder a piada. Não entenda errado. Ele vale muito. Muito mais do que qualquer riqueza que se possa ter. Tesouro que em moeda não se conta. Porque não haverá nessa vida quem consiga tanto valor compreender. Meu pai. Um boêmio da vida. Contador de causos Um piadista que ás vezes é quase sem graça, Mas que na sua fala faz qualquer um rir. Nem que seja por misericórdia ou vergonha alheia. Meu pai. Aquele que desde cedo me ensinou a ser forte. A enfrentar a vida, a enfrentar os desafios. Foi dele que recebi mais toscos apelidos da minha vida. Me fez compreender que os brigões do colégio só tinham vocativos fracos. F