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Mostrando postagens de março, 2015

O mundo encantado da leitura

Diário de uma cearense que está viciada em leitura... Um dia uma linda amiga minha, Naiana, fez uma declaração que eu nunca esqueci. E nunca vou esquecer...  Foi no dia do meu aniversário. Ela chegou com uma carinha serelepe e um embrulho nas mãos. Eu achava que era um presente de aniversário. E ela estava certa de que era mais que isso. Ela tinha razão! A Naiana, naquele dia, me presenteou com um mundo inteiro de possibilidades. E completou a sua entrega com a frase que me marcou: "eu não consigo dar presentes que não sejam livros..." A frase sozinha não traz muita coisa de espetacular, mas os olhos dela traziam o encanto. O encanto mesmo!  O encanto é o estado de espírito daquele que tem o hábito de passear por todos os mundos, a partir de todas leituras que se pode fazer. E era isso, na verdade, o que ela estava me trazendo de presente. Uma passagem para o universo da leitura, uma passagem para o lugar da imaginação... Neste lugar certamente eu também e

Barra barra

Diário de uma cearense no RJ... Bom dia, amigos.  Há quanto tempo não escrevo por aqui... de certo que estive com muita preguiça de escrever, mas mais certo ainda é que não tinha aparecido um motivo de boa inspiração. Até ontem! Eu estou no Rio de Janeiro. Na cidade do Rio, desde quinta-feira. Vim fazer um curso sobre Design Thinking durante o final de semana. Abra-se um parêntesis fictício para grifar que está sendo um excelente treinamento. Bom, mas não é sobre o curso que quero falar com vocês, nem sobre a quantidade de tempo que não escrevo, mas sobre as descobertas que fiz estes dias. Estou hospedada em um hotel na Barra da Tijuca. Não preciso nem dizer que que é podre de chique. Por aqui tudo tem "barra" no nome. Principalmente tudo que quer ser chique. É  Barra Shopping, Barra fitness, Barra Village, Barra taxi, barra qualquer coisa. Fiquei imaginando outras coisas que ficariam super "up" com "barra" no nome. Como Barra Açaí, Ba

Dia das mulheres

Diário de uma cearense que iria receber flores no dia das mulheres. Ele nunca me deu flores, mesmo em todos estes quase 10 anos... nem no dia dos namorados,  nem no meu aniversário, nem quando me pediu em casamento.  NUNCA! Embora pareça uma coisa ruim pra maioria das mulheres, pra mim é mais um fato pra criar piada. Até porque a minha praticidade requer presentes mais funcionais que românticos. Mas vejam, logo hoje,  dia 08.03.15, ele me surpreende. "Bebinhaaaa, hoje é dia dar mulherrrr." Ele passa a mão na minha cabeça e continua o discurso: "Parabéns!!!" Então vem a parte mais incompreensível e interessante: "Tu quer uma rosa de vendedor de sinal de presente?" Ora, bolas! Como assim? Quem já viu perguntar pra uma mulher se ela quer rosas... quanto mais afirmando que a origem é de vendedores oportunistas que ficam no semáforo... Aí,  só o meu amor mesmo! Feliz dia das mulheres!

Descobrindo o universo feminino

Diário de uma mulher que compreende o universo masculino... e é improvável que exista recíproca adequada pra esta afirmação. Crescida em ambiente familiar de maioria composta por seres do gênero masculino aprendi a entender certas características dessa variação da nossa espécie. Homens são seres compostos, em sua maioria, pelo genes mais distraídos, esquecidos e "avoados" da raça humana. É improvável que uma mulher, multifocada e multifuncional, consiga ser plenamente compreendida pelos seus pares de  sexo oposto. E mais improvável que estes homens consigam se expressar satisfatoriamente num ambiente de maioria feminina. Veja o diálogo: (verdadeiro. Aconteceu mesmo) Homem: caramba! Uma amiga minha teve trombose por causa de anticoncepcional. Mulher: foi mesmo?! Diane 35, foi?! Homem: não. Lara. E eu acho que ela tem 22 anos! (Momento liberado para a sua gargalhada mais gostosa) Homens não entendem muito de mulher... Quer ver? Observe as duas questões abaixo e s

Aula particular de regionalismos e sotaque

Diário de uma cearense no Rio:  Convidaram-me pra um almoço! Instantaneamente eu aceitei... Uma galera gente boa demais! Não sei como o assunto começou, mas me empolguei em versar sobre os diferentes sotaques nordestinos. Fiquei matutando sobre qual o motivo pelo qual metade do Brasil acha que a gente fala igual no nordeste inteiro. É absurdamente diferente... Cearense não fala oxente, fala oxe! Cearense não fala arrastado, só engole as letras no final... Cearense não fala "visse, meu bichim..." A gente fala "aff", "valha", "pronto", "macho"... É diferente porque cada um tem sua particularidade. Nessa história caí na besteira de dizer que sempre que vinha pro RJ eu mudava de nome. Meu nome é Débora, meu povo. Não é Diébora! Só meus amigos fluminenses é que me chamam assim! Hoje tentei corrigir, mas não tem jeito não! Mas tudo bem, quem nasce falando "naisceu" pode me chamar de Diébora numa boa!

O curso de 6 sigma

Diário de uma cearense no Rio: o dia da prova... Uma galera esteve comigo em Niterói-RJ para um curso de 6 sigma. Um experiência muito interessante. Tudo começou não no dia da prova, mas nos dias que antecederam a ela... Pânico generalizado. Imagine você passar 8 horas por dia ouvindo sobre ferramentas e análises estatísticas. E, pra completar, ainda saber que no último dia você vai fazer uma prova pra validar uma certificação, de nota mínima 7! Tenso, muito tenso... Primeiro a gente começou a achar que era terrorismo, uma estratégia pra fazer a turma focar na aula. Deu certo, todos estávamos comprometidos em prestar o máximo de atenção em tudo... Depois as coisas foram piorando. Somos apresentados a milhares de novos termos, novas técnicas, novas palavras... Uma verdadeira sopa de letrinhas pra deixar confusa qualquer mente, mesmo que brilhante. Vejam só: DMAIC, ARMI, MPPI, Zst, Zlt, Z-Bench, sigma, variância, desvio padrão, capabilidade, ANOVA, 2-samplet, test

Angra dos Reis - Capitulo 1

Diário de uma cearense no Rio: Angra dos Reis... As pessoas pensam que é fácil pra mim escrever um episódio de diário, mas não é. Exige muito esforço cerebral... Mas ontem o passeio foi muito rico de emoções que não vai faltar assunto. Eu e a minha amiguinha Silvana decidimos ficar o final de semana no Rio pra aproveitar um pouco mais. Logo compramos a viagem de volta pra domingo, reservamos um hotel em Copacabana e procuramos passeios que nunca tínhamos feito por aqui. Decidimos então que iríamos para Angra dos Reis. Tudo certinho, hotel pago, passeio pago. No horário a empresa de turismo estava na porta do hotel... E seguimos viagem. O guia, João, muito simpático ganhou nossa atenção quando disse que adorava o Ceará... Mas o pobre coitado é a primeira vítima dessa conversa. No site dizia que todos os passeios teriam guias bilíngües... Meio basicão, né?! Sqn... Tinha um casal de venezuelanos no passeio. Tudo o que o João falava em português depois falaria em esp

Angra - Ilha de Cataguases - Capítulo 2

Diário de uma cearense no Ro: Angra dos Reis Pronto, chegamos em Angra. De cara a paisagem é linda. João passa algumas instruções sobre o passeio e diz (em português e espanhol) que vai descer num ponto com um dos passageiros, o Tiago, pra que ele passe o cartão de crédito e que os outros deveriam ficar no carro a espera. Adivinha quem não entendeu nada? O senhor venezuelano... Ele desceu da van e foi a maior luta pra fazer ele entender que era pra voltar.... Kkkkk Por fim, depois de tanto espanhol mal-dizido, ele entendeu e voltou. Seguimos tranqüilamente pra estação de barco, até que o casal de venezuelanos se perdeu! Putz... Emoções a mil. Depois que encontramos todo o grupo embarcamos e esperamos o barco partir. Nota sobre o barco: tinha um guia no barco que repetia seguidas vezes que aquele barco era o maior da região, o mais novo e moderno, e o único com toboágua... Eu acho que a repetição era pra convencer a gente, mas pra mim não fez diferença alguma.

Angra, Lagoa Azul e o frio - Capítulo 3

Angra dos Reis  -  Praia da Lagoa Azul. Putz! Essa era a minha maior curiosidade! Imagina nadar com peixinhos de novo... Em menos de um mês depois que cheguei de Bonito-MS. Expectativas a mil... Lembram do João? O guia bilingüe de meia-tigela? Pois é, mais orientações sobre o local e orientações sobre como descer e aproveitar o passeio. Ele disse pros venezuelanos "unoooo garrróto sacar a lá fotôô con lá camêrrrráá a barro da aguaaaa, co n los peijitosss"... Olhei pra baixo pra não morrer de rir... Nós contratamos o fotógrafo. Os venezuelanos não! Foi coisa de R$ 50,00 pra mim e pra Silvana. Eu estava animada. A Silvana com medo! Quando chegamos ao local descobrimos que o mergulho iria acontecer a partir do barco. Que era 4 metros de profundidade e que se alguém não soubesse nadar não era o dia pra aprender. Eu desci e fiz minhas fotos. A Silvana ficou na escada, com medo de afundar! Putz! O fotógrafo perdeu a paciência. E os outros passageiros também. Nada d

Angra, fome e 6 sigma - Capítulo 4

Angra dos Reis - Praia de Japariz. Chegamos a esta praia por volta das 16h00, e esta foi a parada pro almoço. Já estávamos com tudo cansado. Almoço cansado, praia cansada, roupa cansada, affff... O cansaço já era tão grande que não dava pra aproveitar mais nada. O jeito foi reparar na vida alheia. Observar os jeitos, os trejeitos... Começamos a por em prática as análises estatísticas que aprendemos na semana. Separamos os casais com média estatística de beleza igual, e os que tinham um desvio padrão elevado, com baixo percentual de confiança. Entendi que beleza pra alguns casais é um H○. Ou seja, o x não é vital. A variância era grande, fazendo com que a curva normal fosse de pequena amplitude. O que nos dava a impressão de fazer parte do grupo... A única coisa que faltou foi calcular o nível sigma, ou seja, a capabilidade... mas logo percebemos que zbench era negativo, que somando ao 1, 5 no máximo resultaria em nível sigma 0, 5. Concluímos que aqui tem uma e

Diálogos e experiências de primeira viagem pro RJ

Diário de um cearense no rio:  Diálogo 1 Daniel diz "Bebinha, aqui é o Centro?", "não, amor, é Ipanena." "Bebinha, aqui é o centro?", "não amor, é Botafogo." "Bebinha, aqui é o Centro?", "não amor, aqui é o Catete."  "Arre égua, todo canto aqui parece o Centro" Diálogo 2 "Moço, quanto é esse bombom?"  "O que é bombom?"  "É isso aqui!"  "Não, isso é uma bala"  "Ai, quero mais não. Não sou nem canhão pra engolir bala..."  Cachorro quente: No Rio cachorro quente é tudo, menos cachorro quente. Pode ser com lingüiça, ou salsicha. Ainda pode ter purê de batatas, carne moída, batata palha, parmesão, milho verde, passas e, pasmem, ovo de codorna! Uma completa salada. O pão tem que ser gigante pra caber tudo isso. Óbvio que experimentei. Só não com todas as iguarias disponíveis. Comida tipicamente fluminense: Ainda não fomos apresentadas. N

Paradigmas e paradoxos

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A palavra paradigma vem do latim paradigmum...  Mentira! Já ia criar um novo paradigma pra você. De fato, paradigma é a palavra que define tudo o que se torna padrão a ser seguido, um modelo a ser repetido, uma verdade estabelecida...    Mas os paradigmas devem ser questionados. Quebrar um paradigma já é uma grande quebra de paradigma, o que nos leva aos paradoxos. E são os paradoxos que geram as reflexões, que, por sua vez, geram novos aprendizados. E que, por consequencia, definem novos paradigmas... Os quais serão questionados um dia.  Paradoxo é uma opinião contrária. Uma visão diferente do padrão.  Há paradigmas que contém verdadeiros e sutis paradoxos. Vejam: " toda unanimidade é burra." Este é uma paradigma meio paradoxal. Pois, se toda unanimidade é burra esta também o é. Outro paradigma paradoxal bem conhecido de todos: " tudo é relativo ". Não, nem tudo é relativo. Talvez esta afirmação faça o pobre do Einstein se retorcer no caixão.