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Mostrando postagens com o rótulo Questionamentos

Diversidade, inclusão e acolhimento...

Diário de uma cearense questionando as questões... No evento de inovação o desafio foi lançado...  Tudo bem contextualizado, conceituado e cheio de significados. Uma lista de valores, perspectivas, vantagens e questões que certamente ratificam a riqueza que há na pluraridade dos contextos humanos. A contextualização segue... A proposta é intrigante: explicar o que é diversidade, de formar educativa e interessante, porque o público-alvo é composto por humanos iniciantes...  Tem como reforço ainda mais relevante a necessidade de termos ambientes de acolhimento, acessíveis, inclusivos e livre de rótulos. Como princípio básico o respeito. E como medida de identificação os fatores que adaptam e as ferramentas que gerem representatividade. E surge a questão desafiadora: Como explicar isso pra uma criança? Quem me conhece já deve imaginar o tanto que esta pergunta me deixou inquieta. Mesmo sem saber o motivo do incômodo... ou as questões que podem ter surgido a partir do complexo desafio prop

Protagonista do ano novo

É, gente, mais um ano que termina... Aqueles votos de sucesso e felicidades são novamente ditos. Antigos sonhos são escritos em agendas novas. E todas as velhas e novas metas estarão em sequenciadas listas... É outro ciclo. Outro início depois de um fim, que já tem data marcada pra terminar e dar espaço para o próximo período iniciar. É assim. Um fato. O tempo passa e não espera por ninguém. Os anos vão sem levar a culpa pelo acontecido, e vem sem ter compromisso de sucesso com os planos mapeados. Todo ano novo é esperado com entusiasmo e devaneios. Vigor desaparece meses depois, é transformado na melancolia de um ano velho e desgastado. E a vida continua passando. E os ciclos seguem seu movimento. O tempo não para por nada. Os dias são consumidos... Os sonhos, metas e desejos continuam apenas escritos, repetidos, cansados... Sem graça. Ganham vida num instante, num estourar de espumante. E voltam a ser guardados para o próximo momento de vida que os aguarda. Não é o n

O amor e o Gênesis

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Diário de uma cearense descobrindo o amor... Minha releitura sobre o Gênesis, principalmente no seu primeiro capítulo, pode parecer meio piegas, mas pra mim faz todo sentido. Imagino que Deus nunca tenha precisado de nós. Ele é pleno. Não precisava de nós pra amar. Ele é o próprio amor... Mas o amor é meio folgado. Quer se espalhar. Não porque precisa, mas porque quer... Só! Deus, na sua infinitude, poetisa... Decide espalhar o amor. Começa a idealizar uma criatura... Planeja à sua própria imagem! A imagem do amor... Então, aquele que pairava sobre a terra, a mesma que era sem forma e vazia, começou a projetar cada detalhe, pra receber o seu bem-amado! Ele deu forma ao espaço, iluminou direitinho, climatizou, decorou com carinho e zelo... E tudo o que ele fazia com suas próprias mãos era bom! Tudo era bom pra Deus. Ambiente perfeito pra espalhar o amor... Então Deus criou sua criatura mais desejada. Surgia a humanidade... Alvo do amor!  Imagino que ele nutria

Desabafando uma questão

Se em 2018, com toda a disponibilidade de dados e informações que há, tem uma galera que acredita em tudo o que vê... Imagina como eram os fake news antes da web 1.0. Com a Web 3.0 cada indivíduo passou a ter seu espaço digital democrático disponível e acessível. E como tudo que evolui tem suas vantagens e desvantagens. A opinião se tornou fato. Levado ao mundo como verdade. Sem o mínimo de escrutínio é lida, crida e compartilhada. E ai de quem a questione. Elevando em muito o número de desinformados e desorientados. O 'Ministério da Verdade' do livro 1984 de George Orwell, publicado em 1949, ainda faz todo o sentido. Infelizmente. E o passado é alterado para sustentar o presente. Nos tempos antigos a história era compartilhada pela tradição oral. Pela contação de histórias... E o zelo de guardar a cultura era pra preservar o aprendizado, e as conquistas dos povos antigos. Obviamente haveria de ter fake news desde os tempos mais remotos... Contudo não havia a possibili

Se não imita Cristo não é cristão

Sou de uma época em que os cristãos eram assim chamados por serem imitadores de Cristo... Hoje há quem se diga cristão sem nem entender o que isso significa. Arrota soberba e grita frases como fariseu. "Oh Senhor! Obrigado porque não sou como essa ralé, não me misturo a esses miseráveis. Eu, mestre da lei... Dono da verdade absoluta... Protetor da máscara da tradição." E Ele veio para dar vida em abundância. E ele disse que na sua casa havia muitas moradas... Disponível para quem quisesse. E Ele que andava com publicanos, ímpios e marginalizados. Que acolhia as minorias... Não. Não são imitadores de Cristo. São sepulcros caiados. Lobos uivando vestidos de cordeiros. Meu conselho é: sejam cristãos de verdade, ou parem de dizer que são.

Sobre pensar

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Caixa Empilhe caixas Repense a caixa Abra a caixa Reutilize caixas Esqueça a caixa Se encaixa Desencaixa Saia da caixa Equilibre suas caixas Não importa a caixa Nunca pare de pensar.

Fidelizar - mentira ou escravidão?

De: Jansen Viana e Débora Viana Este texto foi o primeiro que escrevemos juntos. Então ele também é um marco especial pra mim! Que honra! Meu pai, meu mestre! Considero inadequado o termo "fidelizar" cliente. Mais que isso, repugno-o. Por mais que justifiquem os gurus do marketing e mesmo que seja sugestivo usá-lo. Ainda que o verbete conste nos diversos dicionários da língua portuguesa. Nada disto revela a mim uma situação em que o uso de quaisquer de suas flexões verbais seja digna de aplauso. Imagina um contrato de fidelização. Contrato que obriga ser fiel? Tolice. Não dá certo nem em casamento. E se o cliente não cumprir? E se o cliente for um farsante contumaz? Não nos tornamos fiéis por assinatura. Nunca será possível fidelizar alguém, ninguém será fidelizado a nada. Fidelidade é substantivo. Expressa a qualidade de quem decidiu ser fiel, um atributo. E não é possível que isso seja implantado no caráter de outra pessoa, nem por cirurgia. Tornar fiel? Se eu

Borboletas encantadas

Borboletas são seres encantadores nas várias alegorias que delas se pode ter. Pessoas encantadoras são como borboletas... Belas! Não se valem das suas fases vencidas, das suas cascas perdidas, ou do rastejar de outrora. Não despejam suas conquistas com palavras ácidas... Sem saber como ou o porquê, enfeitam o jardim, a casa, o muro, a parede... O concreto... acredito que até lugar árido, deserto! Um dia serei borboleta. Até lá contínuo neste casulo, brigando com esforço, com força, com tudo... Até que eu desvende o segredo que me permita evoluir. Então bela também serei. E então de encanto viverei.

Viver ou ser feliz?

E essa busca doentia e utópica da felicidade a qualquer custo, corroborada pela surreal realidade encantada que é publicada na superficialidade das redes sociais, é uma bosta. É uma droga. Estão sedentos por entorpecentes, relaxantes, alucinógenos... naturais! Dopamina. Serotonina. Adrenalina... Ansiedade louca por sentir-se vivo. Ora, quem não se sente vivo não sente mais nada. Está morto. E pra quem não vive não faz sentido buscar ser feliz. E aquele que se torna maníaco pelo estado de plenitude total morre sem alcançar. Morre infeliz. Porque quem vive vive. Vive dias bons. Vive dias maus. Vive consciente. Vive e luta. Vive e aceita. Vive e aproveita. E vivendo acaba sendo feliz.

O valor do aprendizado

O aprendizado contínuo é fundamental para tornar-se preparado... O aprendizado contínuo mantém a mente viva. O aprendizado é lifting para a memória. É botox pra enxertar as ideias. É fonte de juventude, sem perder a grandeza da maturidade dos muitos dias vividos. O aprendizado é a renovação do ser... é a assimilação do pensamento socrático, a assustadora e deslumbrante descoberta de que ainda tem muito mais pra absorver da fonte do conhecimento. O aprendizado é puro. Lindo é ver o olhar inocente de quem não se envergonha de conhecer o novo. O aprendizado é o delírio do poeta. Aquele que interpreta a sua experiência e a descreve com cativante maestria. Ou ainda do artista, que traduz com harmonia a beleza do que conquistou na sua lida. O aprendizado contínuo é movimento. É ação. Pouco se aprende na inércia. Afinal, é um companheiro rigoroso. Exige esforço, exige negação. O aprendizado, por conclusão, deve ser contínuo, deve ser infinito... deve fazer desejar ver ansiosamente

Eu queria ser uma princesa

Diário de uma cearense lembrando da infância... Quando eu era criança eu queria ser uma princesa. Mas logo percebi que elas eram muito chatas, enfadonhas e previsíveis. Não era o meu desejo passar o dia cantarolando para os passarinhos, com um jeito de andar que mais parecia ter nojo do chão. Ou ainda manter as roupas e cabelos sempre arrumados e impecáveis. Eu queria ser a princesa moleca. Aquela que caía da bicicleta. que jogava bola com os meninos da rua... que se gabava das cicatrizes das traquinagens. Andar de short, chinelo e camiseta... nada de saia, vestido ou melissinha.  Eu queria ser uma princesa valente. Nada de ser vítima, mas ser uma destemida heroína. Nada de ser frágil, nem sensível. Mas independente, forte e ousada. Depois de tantos anos percebi que eu fui esta menina princesa. Eu que ainda a sou. E que irei ser até o fim da minha vida. Uma princesa fora dos padrões. Determinada a viver a vida à minha maneira. Encontrando sempre uma forma de fazer uma brinca

Minha vida de mãe

Diário de uma cearense nascendo como mãe: Quando eu era criança tinha certeza de que meus pais tinham superpoderes. Que dominavam a arte de saber de tudo. E que certamente tinham consciência de que foram dotados de domínio próprio para exercerem o papel de meu porto seguro. Incoscientemente eu achava que quando fosse mãe iria adquirir estes dons. Entretanto, ainda me percebo com a mesma insegurança de sempre. Com aquele maldito medo de não acertar. Com a angústia de não ser boa o suficiente. Olho pra minha pequena e me vejo cercada de amor e de dúvidas. É nessa hora que não sei quem é mais frágil. Se ela pela imaturidade dos dias, ou se eu, pela imaturidade da vida. Olho pra ela e vejo o olhar da minha mãe pra mim. Imagino todas as sensações que ela teve e que estou tendo agora. E eu entendo seus anseios. Eu entendo suas reações. Ser mãe também é como estar perdida num mundo em que se tem obrigação de ser herói. É como ser menina e ter um universo todo novo pra

Na véspera do dia 13.03.16

Diário de uma cearense imaginando um diálogo. Enquanto isso, na suíte Master... - Mãe, o que a gente vai fazer neste domingo? - Ah! Filho, nós vamos participar da manifestação. - Legal! Mas o que a gente faz na manifestação? - Muito fácil! A gente fica uma meia hora lá, fala umas palavras de ordem, dança uma a dancinha depois a gente vai pro shopping almoçar. - Hummm… almoçar aonde? - No outback,  meu amor. com o país em crise a gente não pode ostentar. - Mãe, qual o motivo da manifestação? - Filho, contra a corrupção deste governo. - Interessante! Então se a senhora vai pra lá pra lutar contra a corrupção vai precisar devolver o dinheiro que o taxista te deu a mais de troco, né? - Não filho, não tenho culpa se aquele taxista é lesado e me deu dinheiro a mais. - Mãe, eu vi na TV os trabalhadores se manifestando e era diferente. Eles acamparam no prédio do governo e só saíram de lá quando resolveram seus problemas. Eles almoçaram de quentinha, que um carro mandou deixar.

Não Desejos de Fim de Ano

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Diário de uma cearense que não deseja e deseja... Não desejo que Deus possa fazer qualquer coisa que seja por você... pois isto seria ridículo. Ele pode! O seu poder é ilimitado, quem limita Deus é a nossa mediocridade. Desejo, então, que você queira a Sua bênção, que você queira a Sua doce presença, o Seu amor. Não desejo uma note de Natal maravilhosa, cheia de amor e de alegria, presente, fraternidade e espírito de Natal. Desejo, na verdade, é que todos os dias você se ame, sem esquecer de amar o seu próximo. Que você faça loucuras de amor, sempre que desejar. Sem o medo de ser piegas, ou parecer fraco. E que estas loucuras de amor sejam por qualquer um dos seus amores, inclusive por você mesmo... e quem sabe até por quem você nem conhece!  Não desejo que seus sonhos se realizem. Porque sonhos não se realizam passivamente... Desejo que você lute por eles, que faça um bom planejamento. E mesmo se não der certo uma vez, ou mais de uma vez, que você tenha forças pra continuar.

Paradigmas e paradoxos

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A palavra paradigma vem do latim paradigmum...  Mentira! Já ia criar um novo paradigma pra você. De fato, paradigma é a palavra que define tudo o que se torna padrão a ser seguido, um modelo a ser repetido, uma verdade estabelecida...    Mas os paradigmas devem ser questionados. Quebrar um paradigma já é uma grande quebra de paradigma, o que nos leva aos paradoxos. E são os paradoxos que geram as reflexões, que, por sua vez, geram novos aprendizados. E que, por consequencia, definem novos paradigmas... Os quais serão questionados um dia.  Paradoxo é uma opinião contrária. Uma visão diferente do padrão.  Há paradigmas que contém verdadeiros e sutis paradoxos. Vejam: " toda unanimidade é burra." Este é uma paradigma meio paradoxal. Pois, se toda unanimidade é burra esta também o é. Outro paradigma paradoxal bem conhecido de todos: " tudo é relativo ". Não, nem tudo é relativo. Talvez esta afirmação faça o pobre do Einstein se retorcer no caixão.