Diversidade, inclusão e acolhimento...

Diário de uma cearense questionando as questões...

No evento de inovação o desafio foi lançado... 
Tudo bem contextualizado, conceituado e cheio de significados.
Uma lista de valores, perspectivas, vantagens e questões que certamente ratificam a riqueza que há na pluraridade dos contextos humanos.

A contextualização segue... A proposta é intrigante: explicar o que é diversidade, de formar educativa e interessante, porque o público-alvo é composto por humanos iniciantes... 

Tem como reforço ainda mais relevante a necessidade de termos ambientes de acolhimento, acessíveis, inclusivos e livre de rótulos. Como princípio básico o respeito. E como medida de identificação os fatores que adaptam e as ferramentas que gerem representatividade.

E surge a questão desafiadora: Como explicar isso pra uma criança?
Quem me conhece já deve imaginar o tanto que esta pergunta me deixou inquieta. Mesmo sem saber o motivo do incômodo... ou as questões que podem ter surgido a partir do complexo desafio proposto.

Repenso. E desisto deste desafio.
E não estou invalidando a relevância da proposta. Mas incomoda o público a que se destina.

Diversidade, pluralidade, inclusão e acolhimento são palavras de adulto. Criadas e contextualizadas pra ensinar os adultos a serem como crianças.
Não tenho como ensinar nada disso pra alguém que a mente ainda não foi contaminada com preconceitos. Penso que fazer isso é arriscado. Pois seria como desnudar os olhos inocentes pra uma realidade ainda desconhecida, antecipando questões cruéis que nem fazem sentido para uma mente em início de jornada.

Reverto o desafio. 
Como aprender com uma criança sobre diversidade, inclusão, acolhimento? Sem pedir que nos explique, sem perguntar sobre seu ponto de vista... 
sem saber o que ela já sabe... Mas entender que neste contexto não temos lugar de fala. E observar o quanto nós desaprendemos ao abandonar a inocência... ao trocar curiosidade por conhecer um mundo todo novo, por conceitos estabelecidos ensinado pelo olhar do outro.

Meu desafio, então, é desaprender o que está encrustado e me desprender dos meus preconceitos. Pra compreender tudo de outra forma, com o olhar de uma criança, que com tudo se encanta e com tudo se importa! Descendo da posição de tutor para aprendiz... 

Ao invés de incluir contextos ruins numa mente inocente, me despeço destes "valores" para tentar enxergar novos contextos. Valorizar o mundo e a humanidade a partir de uma mente que se permite aceitar e aprender tudo novamente.





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