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Mostrando postagens de janeiro, 2015

Eu sou... Eu sei!

Lá no Monte Horebe Moisés perguntou a Deus como deveria chamá-lo.  Qual o nome deveria usar para intimidar faraó...  O relato bíblico nos traz o Todo-Poderoso como Eu Sou o Que Sou.  E imagino que havia uma necessidade pra tal definição divina.  Para um povo cheio de questões, superstições... Havia divindade pra tudo nessa vida, havia ritual pra qualquer situação. Quem Deus seria? Intitulado de outra forma não seria o que É, seria mais um. E nem haveria forma distinta de apresentação. Imagino o diálogo: "Você vem da parte de quem, Moisés?"  "Aquele que me enviou é o grande Eu Sou!" "Ele é o sol, a lua, a natureza? Ele é uma estrela cadente? Ou o mar impetuoso?" "Não. Ele é! Ele é o que é. E nada o define. Nenhuma definição satisfaz, nada o contém! Ele é o que é e ninguém jamais o será." E Eu Sou o Que Sou libertou o povo cativo...  Os cativos, agora libertos, andavam para a Terra Prometida, mas ainda eram prisioneiros de suas lamentações. Questio

Olha o passarinho...

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Diário de uma cearense que tem amigos estranhos... Eu tenho uma amiga muito estranha. Ela tem uns medos um pouco fora do comum. Como medo de atravessar a rua, medo de assalto, medo de ficar sozinha num lugar escuro, medo de alma, medo de gente estranha... Mas o pior de todos é o medo que ela tem de pássaros, pior, de aves! O curioso é que o medo de pássaros anula qualquer outro medo que ela tenha. Por exemplo, se tivermos que atravessar uma avenida movimentada ela irá demorar precisas duas horas pra completar o trajeto. Entretanto, se na frente dela vem um pequeno, indefeso e singelo pardal, ela vira a versão feminina de uma mutação do Flash, com a Tempestade, Mulher Invisível e Senhor Incrível. Quando você piscar ela já estará longe do pobre bichinho, nem que pra isso ela atravesse a BR-116 na hora do rush . É um caso tão complicado que em local aberto ela sempre está tensa. Procurando no céu, no chão, nos muros ao redor, qualquer espécie que se encaixe no perfil penas-asa

Família outlier

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Diário de uma cearense que tem uma família normal, mesmo que fora da normal... Veja se você entende. Na minha casa quase todo mundo tem a sua própria mãe. O ponto de interseção é o pai. Somos 5 irmãos, um pai, três mães, e vários avós, tios, primos, dentre outros. Meu irmão mora na França. A mãe do meu irmão mora na França. Mas a mãe do meu irmão que mora na França não é a mãe do meu irmão que mora na França.  Eu tenho uma sobrinha. Esta minha sobrinha não é sobrinha do meu irmão. Este meu irmão também tem uma sobrinha, que também não é minha sobrinha. Eu, e alguns dos meus irmãos, temos 4 irmãos. Eu tenho um irmão que tem 5.  Eu tenho duas avós, a maioria dos meus irmãos também. Agora... Eu tenho um irmão que tem três avós. Duas maranhenses e uma cearense. Agora, a filha dele tem 3 avós também. Uma maranhense e duas cearenses, e o mais incrível é que as duas cearenses são da Palmácia.  E tem mais... O meu irmão mais velho é ao mesmo tempo mais velho e m

Inteligência pura

Baseado em fatos reais... Hoje vou contar sobre as histórias de uma amiga minha... a bichinha padece de ausência de massa encefálica. Não preciso nem citar qual a cor dos caracóis dos seus cabelos... Você é livre para fazer esta inferência! Mas vamos ao que importa... Um dia passei pela praça do nosso bairro e tinha uns bancos interditados para pintura. Quando olho direto vejo minha amiguinha lá... distraída e tranquila! Eu a cumprimento. Ela se levanta e vem ao meu encontro. Imediatamente percebo que a sua saia branca ficou com um detalhe de listras horizontais num tom verde-banco-da-praça... bem na trazeira. Outro dia, não há muito tempo, ela chegou espantada pra mim... eu pergunto o que houve e me espanto com o que ela fala. "Débora, mulher, tu não sabe quem morreu..." Eu fico em estado de choque e pergunto horrorizada: "Não! Quem, pelo amor de Deus!?" Para o meu espanto e alívio ela diz: "mulher de Deus, o Airton Senna." Na hora eu não soube bem

Mais uma de atendimento ruim...

Diário de uma cearense que "podia não estar se sentindo" lesada... Devo ter aberto um biscoito da sorte dizendo que hoje não era um bom dia para comprar coisas. Imediatamente depois que publiquei um texto inteiro com 10 coisas que garantem um atendimento ao cliente de baixa qualidade me acontece a 11a. e a 12a. Fui ao shopping comprar um eletrodoméstico pra minha casa. Objetivamente já tinha escolhido o produto, a marca, o modelo é a loja antes de sair de casa. Então era chegar, estacionar, descer, pegar, pagar e voltar pra casa. Parecia 100% dentro dos conformes... Então, seguindo o plano, eu fui... Cheguei à loja peguei o item é pedir pra faturar. Quando a mocinha que me atendeu fez uma proposta irrecusável! Garantia estendida! Uau! Imperdível! Um ano de garantia da fábrica e mais um ano de garantia da loja... Como não comprar? Divide em 12 pequenas parcelas... Nem vai sentir! Além disso, se acontecer alguma coisa você tem um aparelho novinho, ainda na caixa! Que maravilha!

O tiro que saiu pela culatra

O momento de inspiração pra escrever sobre isso foi a nossa experiência na hora do almoço. Hoje fomos a um dos restaurantes que costumamos almoçar aos finais de semana. Só que hoje o Daniel fez uma observação que me chamou a atenção... Ele disse: "neste restaurante os garçons tem o hábito de retirar os pratos assim que você termina. Dá a impressão de que eles querem que você vá embora logo." Então eu completei que parecia que eles não tinham pratos suficientes e precisavam repor o mais rápido possível... Daí começamos a trocar ideias sobre as estratégias ruins. Aquelas que, enquanto eles acreditam aumentar o faturamento, na verdade espantam o cliente. Situações: 1. Você entra "de boa" numa loja. Daí chega alguém e pergunta se você quer ajuda. Não sei o que você faz, mas eu me sinto intimidada e saio imediatamente da loja. 2. Voce está fazendo perguntas pra tirar dúvidas (sobre qualquer coisa). Só que você ainda não está satisfeito e a criatura pergunta se voc

Coisas de irmã mais velha

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Hoje a minha pequena (quase maior que eu) irmã completa 12 primaveras...  Nota : primavera era o termo brega que um adulto antiquado usava pra perguntar a idade da gente, há uns 20 anos, aproximadamente... Tipo "que mocinha linda, já completou quantas primaveras?"... Eu sempre ficava pertubada com esta pergunta porque no Ceará não tem primavera... Então eu sempre achava que a resposta correta era "nenhuma"... Mas eu nunca respondia assim porque era um atrevimento medonho! Voltando pra conversa de irmã mais velha... Quando ela nasceu eu tinha 20 anos. Era um dia perfeito de chuva (para o povo cearense dia bonito é dia de chuva)... Ela nasceu. Careca, desdentada, bochechuda, pequena e magricela... E choronaaaaaa! De cara eu peguei logo nos meus braços. E foi uma emoção muito forte! Desse momento em diante nascia um amor eterno no meu coração. Bom, mas pra todo irmão mais velho, o dia que o irmão mais novo nasce é meio parecido com o dia em que você ganha um animalzinh

Um vôo tranquilo...

Diário de uma cearense traquina e super “de boa”... Era o nosso último dia de viagem, quando tivemos uma folguinha. Resolvemos passar em algumas lojas pra checar a promoções. Quando, pra nosso espanto, vimos uma promoção de desodorante aerosol, por ¼ do preço que compramos em Fortaleza. Eu comprei 3 frascos pra mim, 3 pro meu marido. A minha outra amiga comprou a mesma quantidade... mas a outra companheira de viagem fez a festa! Ela adquiriu 12 frascos de desodorante feminino e 12 masculino. Na hora ficamos brincando com ela, dizendo que ela iria abrir um comércio em casa, e que esse era o primeiro estoque dela... foi muita zoação, mas passou logo. Voltamos pro hotel, fechamos as malas e pegamos o taxi pro aeroporto. Na fila do check-in a funcionária da empresa aérea pergunta a cada passageiro quantos frascos do tipo aerosol tínhamos na mala. Eu disse quantos tinha e as outras duas amigas disseram exatamente igual a mim. Seis frascos! Só que você e eu sabemos que

Ele é uma figura...

Diário de uma cearense que tem um marido típico...  Eu não sei porque ainda me impressiono, mas depois de tanto tempo já deveria estar acostumada... Meu marido é uma figura...  Se eu pedir pro marido fechar a porta de casa antes de ir dormir há 50% de chance de a porta continuar aberta. Se eu pedir pro marido que traga um filé pra fazer pro almoço eu agradeço a Deus se ele chegar qualquer outro pedaço de carne de primeira...  Se eu pedir pro marido comprar pão ele até compra, mas virá qualquer tipo de pão (pão de leite, de coco, integral, de batata, de queijo...) Se eu pedir pra ele pegar uma roupa pra mim ele irá trazer qualquer coisa. Mesmo que eu já tenha deixado tudo separadinho dentro de uma bolsa. Ele vai conseguir trazer outra coisa. Se eu fizer uma escovinha no cabelo ele vai perguntar se eu pintei de loiro. Se eu depilar a sobrancelha ele vai dizer que tem alguma coisa assustadora no meu rosto. Se eu uso uma roupa antiga que estava guardada há uns dois meses ele vai dizer &quo

The time stop, the life vira uma song...

Diário de uma cearense adolescente "traduzindo" musicas pro inglês com uma amiga baiana... Este episódio é em homenagem a minha amiga Roselany Martins (Rosa), que não é cearense de nascimento, mas é de coração.   Eu e a Rosa tínhamos uma gíria própria é um talento natural pra inventar as coisas... e hoje ainda (quase 20 anos de amizade) relembramos nossas criações com muita risada. Pra você ter uma ideia e la me chamava de "D", e eu a chamava de "Moto, mas isso é assunto pra outra história. Quando ela ligava pra mim sempre vinha com a mesma pergunta enigmática... "D, adivinha o que é que eu tenho?"  Pra essa pergunta só tinha três respostas possíveis: fome, sono ou sede! E as vezes poderia ser mais de um ao mesmo tempo... Quando queremos desejar uma coisa boa uma pra outra sempre temos que usar a palavra "refrescante"... Não me lembro bem da origem disso, mas sempre deu certo. Até hoje, no dia do seu aniversário, eu mando uma mensagem deseja

Bike sem freio, garota sem juízo

Diário de uma cearense que já caiu muito... Até posso dizer que sou dura na queda... as marcas que carrego comigo demonstram isso. Tive vários episódios de acidentes com bicicleta, desde a minha infância. No entanto as duas piores situações aconteceram na vida adulta. No episódio de hoje vou contar uma delas. Espero que você ria bastante. Agora, lembre-se, aconteceu de verdade! Eu estava fazendo um trabalho de campo. Tinha que fazer umas visitas entre o Antônio Bezerra, o Quintino Cunha e Jardim Iracema. Os bairros são adjacentes, mas era um percurso de 5 km. Eram 14h de um dia de sol escaldante (em Fortaleza não é novidade)... Quando cheguei na primeira visita, após fazer toda a pesquisa necessária, pedi ao senhor que me atendeu que me emprestasse uma bicicleta. Ele ia me acompanhar até o próximo cliente e tinha perguntado se eu queria uma  carona na bicicleta dele. Eu retruquei e solicitei uma outra bicicleta pra que eu mesma guiasse. Embora já tivesse pegado carona de bike aqu

Éramos heróis e vivíamos em cabanas

Diário de uma cearense que curtiu na infância... Este texto é em homenagem as minhas lindas amigas Bárbara Pinho (Barbie) e Karine Brito (Kaka). Porque foi conversando com elas que surgiu a inspiração. E aos meus maravilhosos irmãos, quem sempre me incluíram na diversão. Bem, não quero me ocupar do cliché para dizer que as brincadeiras da minha época de criança eram mais legais que as das crianças de hoje. Acho que cada época tem o seu encanto e cada um vive como a sua criatividade permite.  Brincar, no meu idioma, era alguma coisa semelhante a criar um momento de fantasia. Era como sonhar acordada... como materializar aventuras impossíveis. Era quase como ser L ucas Silva e Silva no seu Mundo da Lua. (Se você não lembra é porque não assistia a TV Cultura na década de 90). Eu, menina, criada entre meninos (meus irmãos), não poderia ser exigente quanto à delicadeza das diversões, nem conseguia levá-los para uma realidade mais feminina. Eles me acolhiam no seu universo paralelo e me

"E agora? Quem poderá me socorrer?"

Diário de uma cearense em busca de ideias! Se você está lendo este texto é porque você sabe que eu tenho um blog-diário. Que não é escrito diariamente, mas contém situações que foram vivenciadas. Vivenciadas, mas nem sempre literalmente como foram escritas (pitadas de exagero dão um gostinho especial). E nem sempre são as minhas experiências, porque o que acontece com os outros também faz parte da minha vida!  Aqui conto causos e coisas que mexem comigo, com o objetivo de registrar a vida. De não deixar a lembrança apagar. Às vezes são lembranças engraçadas, às vezes são pensamentos e insights, às vezes são sentimentos... Bom, reflete esta minha mente meio confusa. Envolvida no caos do dia-a-dia... Por estes dias eu estava pensando num plano infalível pra aumentar o volume de acesso diários (curiosamente já tive mais de 500 acessos em um único dia, só que foi um outlier). Obviamente que estratégias toscas passaram pela minha cabeça... Como estas: 1. Fazer um concurso de compartilhament

O absorvente - 11 fatos nostálgicos

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Diário de uma cearense nostálgica. Hoje, na hora do almoço, não sei bem como começamos a falar sobre absorvente, mas começamos. Éramos cinco. Quatro mulheres e um homem... E o assunto foi versado sem considerar a condição masculina do intruso, ou melhor, do não usuário. Todas as garotas fizeram comentário sobre situações vexatórias associadas à necessidade do uso mensal desse dispositivo de conteção de sangramento das partes baixas associadas ao público XX. Não poderia ficar sem comentar, então expus a minha maçante experiência vivencial de pelo menos 23 anos desde a primeira vez que fui acometida pela realidade da vida fértil das mulheres. Óbvio que exagerei, mas o que falei foi muito próximo da realidade. Não da realidade de hoje, mas da realidade da década de 90. Então seguem alguns fatos relevantes sobre o absorvente e o final do século passado: 1. Comprar absorvente era vergonhoso. Não sei se por causa da timidez em relação a condição nova, o se porque os pacotes de ab

Obesa? Se um dia fui não me lembro... capítulo 5

Mais um plano infalível... A busca do tão sonhado peso ideal nos trouxe aventuras inesquecíveis. Um belo dia meu marido decide que devemos fazer uma atividade física juntos. E ressalta a sua paixão por bicicletas. Decidimos que estava na hora de comprar as nossas bikes e botarmos o plano de ação em prática. Só que aa coisas de Daniel são coisas de Daniel... a maioria de vocês imagina que fomos pesquisar preços das melhores bikes pra ciclistas amadores e depois de exaustivamente buscar a melhor opção compramos aquela que tinha o melhor custo x benefício... Mas não foi bem assim... Mozim, vulgo Daniel marido, me levou pro Bom Jardim (famoso Good Garden,  um dos bairros mais tranquilos de Fortaleza, sqn). Conforme seu planejamento, perto do Posto Carioca  haveria de ter uma ótima opção de compra. Ele não queria gastar muita grana. Então, depois de algumas lojas, encontramos as bichinhas... de ferro, sem marcha, sem nada! As duas por menos de R$ 200. Quase duas cargueiras pra aproveit

Obesa? Se um dia fui não me lembro... capítulo 4

Das invenções pra emagrecer... Precisava a todo custo fazer uma atividade física que me motivasse. Sempre tive uma dificuldade fisiológica em praticar exercício... a minha pouca vitalidade não permitia. Bem, um dia acordei com uma ideia fenomenal, pra não dizer o contrário. Lembrei do quanto gostava de patinar quando era adolescente. Esta época eu morava perto de um dos maiores supermercados do estado. E lá tinha um estacionamento subterrâneo perfeito. Comprei os patins, acordei cedo (tipo 5h00) e fui pro supermercado patinar. Iludida com a fantástica solução pros pneus que guardava no abdômen que esqueci que eram 4 quarteirões até lá. Havia um trajeto não muito auspicioso pra se percorrer. Cada passo com o patins novo na calçada eram avisos de que não daria certo. Mas eu continuei firme. Teimosa! Cheguei ao estacionamento. Cansada. E mal dou umas poucas passadas ouço o barulho de um apito. Nem liguei... Não deveria mesmo ser pra mim, e por quê seria? Talvez por ser a única pess

Fossa, TPM e zumbido... Deu não!

Não lembro bem quantos anos tinha, mas acredito que tenha sido depois dos 18. O que lembro bem,  na verdade, foi da experiência que tive durante um final de semana diferente. Era uma época em que estava sofrendo de amor... estava passando por uma desilusão platônica, das piores que se possa imaginar. A tristeza era visível, não tinha como disfarçar. Os amigos me encorajavam... e sempre era um alívio ouvir suas palavras. Certa feita, uma amiga minha (qua amo muito) me convidou pra um final de semana na praia, com uma galera da igreja dela. Eu nem pensei duas vezes. Na época não tinha Facebook, mas se tivesse teria escrito #partiu #praia #diversão... quem sabe até um gatinho por lá! Que tal um novo amor pra curar o coração partido! Fiz minha mala (mochila com itens básicos) e fui ao encontro da minha amiga pra seguirmos viagem até a casa de veraneio numa das mais belas praias do litoral cearense. Então começa a decepção. 1. Não era casa de praia. Era apartamento de praia. 2. O ap

Quase um homenzinho

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Acredito que por ter crescido rodeada de homens me tornei uma garota mais prática, objeitva e racional que muitas das mulheres que eu conheço. Minha noção de delicadeza e fragilidade foi contaminada pela convivência com os meus irmãos. Não acho que tenha sido ruim, de certa forma me ajudou a ver as coisas com mais clareza.  Diversão era brincar na rua com os garotos. Carimba (ou queimada), sete-pecados, polícia-ladrão, pega-pega, esconde-esconde... Fazíamos roda de vôlei pra jogar 3 toques. Andávamos de bibicleta, patins...  E não tinha esse negócio de aliviar pra mim. Nunca fui "café com leite"... Se a punição era levar sabacu era isso o que eu levava. Nada de moleza... Até porque meus irmãos não conseguiam entender o porquê de ser diferente comigo. Inclusive, s e eu caísse tinha que me manter forte, do contrário perdia a fama de valente... Corredor da morte... Fichinha! No vídeo-game não podia vacilar também! Ficava treinando sozinha quando ninguém estava por perto, só pra

Obesa? Se um dia fui não me lembro... Capitulo 3

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Sabe aquele ditado que de gênio, médico e louco todo mundo tem um pouco? Pois é... Intuitivamente eu acredito que a minha concentração de "louco" é maior que os outros dois fatores. Realmente eu fiz muita loucura pra emagrecer. Muita loucura... Algumas que não me orgulho nem um pouco, outras, pelo que vocês já devem ter notado, são mais hilárias que eficientes! As loucuras que escrevo pra vocês sobre minha luta contra a obesidade retratam realmente a minha experiência. Estas são as estratégias que eu projetava todos os dias. Me sentia como o Cebolinha chamando o Cascão pra mais um plano infalível contra a Mônica... Ou como o Cérebro, falando com o Pink, que era o dia de conquistar o mundo.  É um paradoxo, mas até os mais céticos buscam freneticamente por pequenos milagres que facilitem a vida. Digo isso porque por muitos anos eu fiz tudo o que eu poderia fazer pra ter um peso saudável, menos o que realmente era necessário ser feito... Olha que louco?!  Uma vez estava ministra

Obesa? Se um dia fui não me lembro... capítulo 2

Estar obeso, ou ser obeso, torma você um alvo de algumas mentes maliciosas. Talvez seja porque é mais fácil acertar quando o target tem tamanho XXG. Você entra numa loja e a vendedora te olha com desprezo e diz: "aqui, senhora, só até o número 42". A criatura nem sabe o que você quer e já te expulsa. Você sai pra fazer uma refeição. Escolhe o prato. Um prato normal, que a maioria das pessoas da mesa estão comendo. Aí algum desavisado olha pra você e pergunta: "vai comer isso?"... Você responde: "Não. Comprei foi pra ver mesmo! Por que?" Então, sem noção, a pessoa te passa uma informação importantíssima: "é porque isso aí engorda!" Ohhhh! Grande diferença... tudo engorda! Mas só se diz isso pra quem já é gordo. Você está se matando de fazer exercício na academia. Só que no seu ritmo (mais lento)... óbvio que pára mais vezes pra descansar (até porque gordo também cansa). Nessa hora algum ridículo vai olhar pra você e pensar: "olha aí a pr