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Intensidade

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Minha fraqueza é a melancolia. Sou aquela que foge da monotonia. Nos tons neutros estão minhas dores.  E em tons de cinza os rancores. Na minha fuga estou à procura de arco-íris.  Encontro, aliviada. E me perco entre cores... quanta riqueza! Sim, aqui tem tesouro.  E não falo de pote de ouro. Neste refúgio estão meus  amores...  neste lugar estão as minhas paixões. Aqui enxergo bem melhor. As minhas lutas, meus aprendizados, meus erros, minhas vitórias.  Aqui me vejo. A perspectiva nem sempre favorece, mas acrescenta sabedoria.  Toda novo saber traz consigo uma nova cor.  Nova nuance...  Me contagia. Mas nessa fantasia lembro que ninguém vive em refúgios. Estes são feitos para ajudar a tomar fôlego.  Feitos para reanimar o cansado. Levanto-me renovada.  Pronta.  Com a alma colorida.  Munida.  E sigo de volta para palidez soturna da realidade que me aguarda.  Por onde passo deixo cores.  Deixo um rastro fluorescente... Penso que o meu papel nesta vida deve reflitir

Asas e livros

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Asas e livros tem potência pro vôo... e nisso, tanto as asas, quanto os livros, variam em sua performance... As pobres aves não tem como escolher que tipo de asas terão. Nem o seu desempenho, nem sua resistência... muito menos podem aperfeiçoar a sua habilidade . São limitadas pela sua própria natureza. Mas eu... eu não me limito. Sou responsável pelas viagens que quero fazer. Escolho os meus próprios vôos!  E a cada livro novo que vivo adquiro com ele a dádiva pra ir mais alto, mais longe...

Borboletas encantadas

Borboletas são seres encantadores nas várias alegorias que delas se pode ter. Pessoas encantadoras são como borboletas... Belas! Não se valem das suas fases vencidas, das suas cascas perdidas, ou do rastejar de outrora. Não despejam suas conquistas com palavras ácidas... Sem saber como ou o porquê, enfeitam o jardim, a casa, o muro, a parede... O concreto... acredito que até lugar árido, deserto! Um dia serei borboleta. Até lá contínuo neste casulo, brigando com esforço, com força, com tudo... Até que eu desvende o segredo que me permita evoluir. Então bela também serei. E então de encanto viverei.

Alexia

Já faz 15 anos. Há 15 anos te coloquei nos braços e me apaixonei imediatamente. Há 15 anos você me inspirou a mudar de vida. Há 15 anos eu deixei de ser única... E isso não fez mais nenhum sentido. Há 15 anos que eu te admiro absurdamente. Há 15 anos... Há 15 anos. Uma moça atraente esconde a menininha sapeca que ainda vejo em você. Atrevida, esperta, sentimental... misteriosa! Linda. É natural que as pessoas nos comparem. Não ligo. Você é mesmo mais bonita, mais meiga, mais talentosa, mais inteligente... Você é mais tanta coisa maravilhosa que adimito: sou apenas a mais velha (e nem ouse me chamar de "senhora"). Minha companheira. Minha princesa. Minha parceira. Minha irmã. Te amarei sempre... sempre.

Pensando sobre caixas

Então me desafiam com o clichê "pense fora da caixa"... paradoxalmente eu penso dentro de mim e silencio. Eu não me encaixo. E nem quero. E se quisesse, qual o problema? Aliás... outro paradoxo. Quem se encaixa, conscientemente, já pensa fora dela. E de onde vem esse malfadado cubo? E esses que deste falam? E porque acham que estão fora? Caixa... eufemismo pra prisão. Referência de quem continua limitado. Esse discurso falacioso e arrogante é apenas mais uma nova casta. Dita superior. Daqueles que pensam ser diferentes. O alto clero do modo de pensar. É mais uma tentativa de polarizar... quem não está fora só pode estar dentro. Será? Penso que na verdade estas pessoas estão igualmente encaixotados. Dentro de containers com outros padrões... em cores neon, talvez. Ou não... Que tal uma pegada vintage? Tumblr? É mais tendência. Quem os delegou a autoridade de me dizer onde devo pensar? O pensar é livre. Dentro ou fora de qualquer lugar. Pensando bem, não há nada mais intrínsec

Viver ou ser feliz?

E essa busca doentia e utópica da felicidade a qualquer custo, corroborada pela surreal realidade encantada que é publicada na superficialidade das redes sociais, é uma bosta. É uma droga. Estão sedentos por entorpecentes, relaxantes, alucinógenos... naturais! Dopamina. Serotonina. Adrenalina... Ansiedade louca por sentir-se vivo. Ora, quem não se sente vivo não sente mais nada. Está morto. E pra quem não vive não faz sentido buscar ser feliz. E aquele que se torna maníaco pelo estado de plenitude total morre sem alcançar. Morre infeliz. Porque quem vive vive. Vive dias bons. Vive dias maus. Vive consciente. Vive e luta. Vive e aceita. Vive e aproveita. E vivendo acaba sendo feliz.

Primeiro dia sem Lorena

Diário de uma cearense de coração partido. O dia nasceu. Até o sol pediu desculpas pelo incômodo. Como poderia raiar sem um dos seus mais belos feixes de luz? As cores empalideceram. Não houve razão para cintilar, tamanha a tristeza que enchia o peito. Pranto, dor e luto. Corações partidos, despedaçados e dilacerados... tentando, num esforço sobreumano, se unir como se fossem um só. Na esperança de que as boas lembranças com você reduzam a dor de te perder. Nao me conformo. O que dói mais é perceber a sua ausência. A saudade do sorriso, que agora se apaga. E aquelas as histórias toscas que deixaremos de compartilhar... Sua alma descansa nos braços do papai do céu, em paz, no seu novo lar.