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Fossa, TPM e zumbido... Deu não!

Não lembro bem quantos anos tinha, mas acredito que tenha sido depois dos 18. O que lembro bem,  na verdade, foi da experiência que tive durante um final de semana diferente. Era uma época em que estava sofrendo de amor... estava passando por uma desilusão platônica, das piores que se possa imaginar. A tristeza era visível, não tinha como disfarçar. Os amigos me encorajavam... e sempre era um alívio ouvir suas palavras. Certa feita, uma amiga minha (qua amo muito) me convidou pra um final de semana na praia, com uma galera da igreja dela. Eu nem pensei duas vezes. Na época não tinha Facebook, mas se tivesse teria escrito #partiu #praia #diversão... quem sabe até um gatinho por lá! Que tal um novo amor pra curar o coração partido! Fiz minha mala (mochila com itens básicos) e fui ao encontro da minha amiga pra seguirmos viagem até a casa de veraneio numa das mais belas praias do litoral cearense. Então começa a decepção. 1. Não era casa de praia. Era apartamento de praia. 2. O ap

Quase um homenzinho

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Acredito que por ter crescido rodeada de homens me tornei uma garota mais prática, objeitva e racional que muitas das mulheres que eu conheço. Minha noção de delicadeza e fragilidade foi contaminada pela convivência com os meus irmãos. Não acho que tenha sido ruim, de certa forma me ajudou a ver as coisas com mais clareza.  Diversão era brincar na rua com os garotos. Carimba (ou queimada), sete-pecados, polícia-ladrão, pega-pega, esconde-esconde... Fazíamos roda de vôlei pra jogar 3 toques. Andávamos de bibicleta, patins...  E não tinha esse negócio de aliviar pra mim. Nunca fui "café com leite"... Se a punição era levar sabacu era isso o que eu levava. Nada de moleza... Até porque meus irmãos não conseguiam entender o porquê de ser diferente comigo. Inclusive, s e eu caísse tinha que me manter forte, do contrário perdia a fama de valente... Corredor da morte... Fichinha! No vídeo-game não podia vacilar também! Ficava treinando sozinha quando ninguém estava por perto, só pra

Obesa? Se um dia fui não me lembro... Capitulo 3

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Sabe aquele ditado que de gênio, médico e louco todo mundo tem um pouco? Pois é... Intuitivamente eu acredito que a minha concentração de "louco" é maior que os outros dois fatores. Realmente eu fiz muita loucura pra emagrecer. Muita loucura... Algumas que não me orgulho nem um pouco, outras, pelo que vocês já devem ter notado, são mais hilárias que eficientes! As loucuras que escrevo pra vocês sobre minha luta contra a obesidade retratam realmente a minha experiência. Estas são as estratégias que eu projetava todos os dias. Me sentia como o Cebolinha chamando o Cascão pra mais um plano infalível contra a Mônica... Ou como o Cérebro, falando com o Pink, que era o dia de conquistar o mundo.  É um paradoxo, mas até os mais céticos buscam freneticamente por pequenos milagres que facilitem a vida. Digo isso porque por muitos anos eu fiz tudo o que eu poderia fazer pra ter um peso saudável, menos o que realmente era necessário ser feito... Olha que louco?!  Uma vez estava ministra

Obesa? Se um dia fui não me lembro... capítulo 2

Estar obeso, ou ser obeso, torma você um alvo de algumas mentes maliciosas. Talvez seja porque é mais fácil acertar quando o target tem tamanho XXG. Você entra numa loja e a vendedora te olha com desprezo e diz: "aqui, senhora, só até o número 42". A criatura nem sabe o que você quer e já te expulsa. Você sai pra fazer uma refeição. Escolhe o prato. Um prato normal, que a maioria das pessoas da mesa estão comendo. Aí algum desavisado olha pra você e pergunta: "vai comer isso?"... Você responde: "Não. Comprei foi pra ver mesmo! Por que?" Então, sem noção, a pessoa te passa uma informação importantíssima: "é porque isso aí engorda!" Ohhhh! Grande diferença... tudo engorda! Mas só se diz isso pra quem já é gordo. Você está se matando de fazer exercício na academia. Só que no seu ritmo (mais lento)... óbvio que pára mais vezes pra descansar (até porque gordo também cansa). Nessa hora algum ridículo vai olhar pra você e pensar: "olha aí a pr

Obesa? Se um dia fui não me lembro... capítulo 1

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Antes Depois Diário de uma ex-obesa... ou de uma portadora de obesidade crônica em tratamento! Hoje, 03/01/15, completo 4 anos de vida nova. E nem parece que já faz tanto tempo. Eu nunca publiquei minha saga pra emagrecer, mas por hoje ser um dia muito especial eu vou contar uma historinha pra vocês. Quero deixar claro que não recomendo pra NINGUÉM as loucuras que fiz. Obviamente porque foram loucuras de uma criatura desesperada... o que indico, e que faço hoje pra manter o peso, é reeducação alimentar, prática de atividades físicas regulares, hábitos saudáveis e busca constante por  equilíbrio... isso é que torna uma vida sustentável. Bem, minha relação com a obesidade começou na adolescência, após os 14 anos. Antes disso eu era uma garota com peso saudável. Não sei bem o que me fez começar a engordar... não sei se as mudanças de hábito, não sei se foram o excesso de estimulantes de apetite (era muito magra e não gostava de comer quando criança, pode?), não sei se

Aprender é a fonte da juventude

Diário de uma cearense refutando sobre a vida... Depois desta virada de ano fiquei matutando sobre o valor do aprender. Como diria o meu irmão mais novo "umas paradinhas muito da hora, maluco" é esse negócio de aprender. O aprendizado é meio ignorado... Vejo as pessoas preocupadas demais em "saber fazer", em detrimento de construir um saber. Querem usar as ferramentas, apenas. Nem mesmo se perguntam se é a melhor, ou mais adequada, ferramenta... É uma pena. Porque desde que nascemos estamos construindo aprendizado, sem perceber. Aliás, a vida sem gerar aprendizado seria muito mais perigosa... Uma armadilha fatal. Uma criaturinha nasce e em poucos instantes ela aprende a chorar, a respirar e a mamar... E ninguém ousa dizer pra ela como se faz isso tudo... Depois o pequenino ser aprende a sorrir, a pegar coisas, a engatinhar... E evolui seu aprendizado para andar sozinho! E falar, então, ele até começa imitando... Mas, por vezes, cria suas próprias palavras pra tudo.

Descobrir é uma aventura

Diário de uma cearense redescobrindo... Resolvi deixar o comodismo de lado. Resolvi redescobrir o prazer de conhecer. Não estou falando apenas de novos conhecimentos técnicos. Na verdade, anseio por tudo o que é conhecimento. Tenho sede. E é insaciável. Não sou uma devoradora de livros. Quem me dera... sou uma leitora de partes, quando muito, de metades de livros. Raros são os que li completamente. Raríssimos os que li mais de uma vez... mas continuo nesse ritmo, no meu ritmo. Na verdade somente leio o que me cativa. E, ou, até o ponto que me cativa. Assim o conhecimento fica tatuado, impregnado, eternizado em mim. Tenho curiosidade por conhecer os universos, as mentes brilhantes, as teorias, as origens do todo e de tudo. Tenho sede por tecer conexões concretas e particulares sobre o complexo e o singular. A minha grande necessidade está em ver o que a mente é capaz de fazer. Sempre que leio (qualquer coisa), ou que vejo filme, séries,  documentários... ou mesmo quando estou con